19 de dezembro de 2013
Simetria bilateral
O dia amanhece cinza, todos os dias. A insatisfação oferecida pela pobreza da simplicidade é agonizante, e um tanto quanto libertadora. Essa é minha vida, mesmo que não fosse a vida que eu queria. O que eu quero é algo muito longínquo e arrebatador, tão confuso e dominante, que nem eu consigo distinguir. Dói cada dia. Ser assim, ser desse jeito e não ter suporte. A exposição é só mais um caminho pra um mesmo destino; o conhecimento, a descoberta: todos eles fazem parte de mim, tão entranhados em minha áurea que é difícil fazer sentido longe de tudo isso. E confesso, acho lindo quando consigo achar algo que me encanta, porque aí descubro o que verdadeiramente me faz ''eu''. Acho que isso é uma dádiva. Mas toda descoberta tem um preço, e muitas vezes não gosto das etiquetas. Descobrir que o que eu sempre quis fazer, a rotina que eu sempre quis ter, se vê ameaçada por ninguém menos que eu própria é desconcertante. Sei lá, a vida tem essas coisas. Você acreditar em algo e de repente perceber que talvez não seja bem daquele jeito. Isso é incrível, não é? Tudo tem dois - ou mais - lados, e isso é insano. Como confiar nas coisas, na vida, quando tudo pode estar fora da sua perspectiva?? Aí se encontra a graça: apostando. Uma aposta. Nosso tempo se configura a isso: uma aposta. Hoje, eu aposto em mim mesma e escrevo nesse espaço como lembrete, um pequeno lembrete para não me esquecer no fato de que às vezes apostas são perdidas, e não tem problema! É só apostar outra vez. E outra vez, e outras vezes, e muito mais vezes, porque essa é graça, errar e errar de novo, e aprender com todos esses erros e enfim, SER FELIZ!
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