15 de junho de 2017

Die Welle (acht)

Contemplando o passado percebemos o quanto o presente é valioso
Hoje sei que cada erro hoje faz parte de quem sou. Cada acerto, também.

Os tropeços, as desavenças, a realidade nua e crua, a tristeza... a sensação de que se desfazer de algo ou alguém que eu não queria, o abrir mão de tantas coisas, o esforço, as vezes que eu gritei e ninguém escutou, as vezes que eu chorei e ninguém secou minhas lágrimas... a certeza  constante e firme  de estar rodeada de gente e ainda assim, sozinha.... Tudo isso é meu. São sensações e lembranças minhas. Ainda que ásperas, todas muito importantes e cheias de significado.

Ninguém me trouxe até aqui, eu cheguei. Eu vim. Caminhei sozinha pra esse destino.
A felicidade é talvez o acalento que precisamos para seguir em frente em meio aos distintos tapas que a vida dá. É ela que nos faz suportar a dor e continuar seguindo em frente.

As músicas que dancei, as piadas que ouvi, os carnavais que pulei, as bocas que beijei, os amores que tive, os lugares que visitei, as pessoas que abracei.... tudo isso é meu, também. Sensações de plenitude, de satisfação e calmaria.

O meu invólucro cansado, ofegante vai piorando com o passar dos anos, se deteriorando com o intemperismo, mas meu âmago vibra a cada dia, vou eu mesma me moldando, me tornando aos poucos a pessoa consciente, determinada, destemida, forte, justa e pragmática que sempre quis ser.


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