1 de julho de 2016
Calçada
Depois do abismo eu achei que nunca mais fosse te ver. Andava distraída, o fone no ouvido, cantarolava baixo. *explosão * Meu olhar te encontrou. Ali, naquela multidão de gente. "Oi" foi o que dissemos, inundados na estranheza e impossibilidade. Olhei pro chão, eu não conseguia te encarar. Fiquei pálida, me senti doente. Falamos brevemente sobre coisas inúteis, sem coragem de falar o que realmente queríamos. Não importa. Você foi uma das maiores decepções. Eu senti raiva. Pra que você mentiu? As coisas são o que são. Eu não gosto de utopia. Não importa. Eu preciso dizer que é o fim, talvez o maior de todos, preciso me lembrar, preciso te lembrar. Eu não tenho esperanças mais. Só vazio. Mas eu também preciso lembrar que um final abre um milhão de começos.
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