Foi um tropeço. A gente se esbarrou. No ônibus, na rua, na saída da escola... na vida. O passar do tempo foi construindo e descontruindo tudo que poderia ser e não foi. A gente. Eu e você. Poderíamos ser tudo, mas escolhemos ser nada.
Na lixeira paira um infinito de possibilidades. Eu poderia ser menos impulsiva, menos explosiva. Você poderia ser menos enjoado, menos crítico. A verdade é que eu te amaria mesmo assim. Tenho essa mania de querer consertar tudo. Até você; mesmo que te aceite assim, quebrado. Afinal, quem é que é inteiro hoje em dia?
No meio do caminho as engrenagens pararam de funcionar. Deu pane. Defeito. Quebraram. Deu errado. De novo, mais uma vez. Eu me olhei no espelho. Minha alma vazia. Eu lutei, mas nao foi suficiente. Engraçado, nunca é.
No silêncio em plena luz do dia, olhares mudos se encontravam. Lágrimas gritavam que perdíamos algo, talvez pequena parte de nossas vidas... Errado. Perdíamos tudo.
8 de junho de 2016
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2 comentários:
Eu acho lindo tudo oq que vc escreve. Caralho, Luiza, é muita intensidade! O pobre coitado nem te viu chegar; ele mal sabe que o você o ama. Vai devagar, nao tenha tanta raiva assim. Talvez o tempo te traga o que voce quer, talvez nem seja ele. Eu sei que eu nao fui... Será que é ele?
Você sempre soube o que me dizer... Impressionante! Talvez nem mesmo o tempo me traga o que quero; desconfio que ''o que eu quero'' nem exista, meu caro. Algumas pessoas foram feitas pra ficarem sozinhas. Eu sinto sua falta, tudo mudou mas isso se mantém. É louco encontrar alguem que queira ouvir o que se passa na sua mente. Eu sei o quanto significo pra você, mas você sabe o quanto significa pra mim?
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