O silêncio escreve folhas em branco. Folhas gastas, rasgadas. Que mal chegam ao fim. Me diga que fim elas levarão, se não prestam, não servem, não emanam nada. Me diz o que fazer com essas folhas, inúteis e brancas.Como posso jogá-las fora, com tanta coisa escrita? Com tantas lembranças? Diz pra mim, me diz. Eu me apeguei a elas. Isso é um pecado, senhor? Só esperei o verão chegar.
Com seu calor, manchou todas as folhas. E por fim, todas as folhas estavam acabadas. Deixei-as na chuva de areia, pingando emoção, enquanto minha sombra se apaga, na plenitude de Dezembro. Estava acabado. Por fim.


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