E então alguma coisa deu errado. Como tudo dá. Lamento, minha querida, lamento tanto... Acredite em mim, querida, juro que meu combinado, honrei e cumpri. Eu não sei, querida. Não sei mesmo. Talvez tenha surgido uma brisa que refrescou alguma dor dele, não sei, minha querida. Acredite quando digo não saber, pois talvez doesse estar conosco. Ninguém escolhe ficar doente, querida, talvez ele não tenha a mínima culpa.
Ah, querida, eu sei, não importa. Você também não resistiu, não é mesmo? Bom, agora, você tem que se precaver, cuidar da sua felicidade, cuidar para que não a perca, sentir o gosto dela, e amarrá-la, contigo. Querida, seja cuidadosa. Com. Sua. Felicidade. E com o amor que tanto cultiva.
Querida, somos iguais. Amamos a mesma doença, sofremos da mesma dor, somos a mesma vítima. Respiremos fundo, querida, pois a vida está a bater na porta, pronta para levar-nos num mar nervoso de acontecimentos. Mas querida, a água não irá nos fazer o mesmo mal. Não sei. QUERO me afogar nela, e você, querida? Diga para mim, minha querida. Diga para nossos corações, gélidos e despedaçados, que você pelo menos não vai desistir, querida. VOCÊ AINDA LUTARÁ. Por nós, por ele, querida. Por favor.
Querida, amo-te tanto e admiro toda a coragem mortal que tivestes. Estarei contigo, querida, para cuidarmos daquele nosso outro bem, caso seja conveniente. Mas ESSA jornada, querida, acaba aqui. Lamento. Feliz Natal, feliz ano-novo. Sejamos felizes, querida.
7 de dezembro de 2010
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