12 de junho de 2015

Girassol na janela

o mundo se abriu, fui eu quem me fechei. bati a porta na cara da esperança. floresceu um amanhã, convidativo, o futuro logo ali, um passo, dois passos, quilômetros de distância, eu desisto, eu derreto, não tenho forças, vou me arrastando, caminhando devagar, como quem sofre, como se doessem os pés, como quem não aguenta a jornada.............. quando você está perdido, nada parece a seu favor, não é mesmo? não existem pistas para se encontrar. eu sei. acredite, eu sei. a força descomunal pra continuar vivendo a vida comum, fecho os olhos bem apertados quando vejo a podridão do mundo, mordo a língua de ansiedade, choro por um futuro que nem sei se vai existir. porque eu estou aqui? sempre me perguntei...  ontem me peguei fitando um girassol. sempre os amei. mas esse foi especial... ele não recebia água, estava afastado do sol, e outras plantas o cercavam. Ele tinha tudo para não vingar. Mas vingou. Lindo.  Porque eu estou aqui? Talvez eu devesse seguir em frente. Talvez eu esteja destinada a realizar as coisas que penso em realizar.. Porque o girassol não morreu? Talvez ele também estivesse destinado a sobreviver.... Um fio de esperança. não vai mudar tudo, talvez não mude nada mesmo, ou talvez mude tudo.
Tudo mesmo.

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