30 de agosto de 2017

Urgência.

Parece pegadinha, mas não é. Estar aqui de novo, na sua cidade, na nossa, me arrepia por inteiro. O frio na barriga no ônibus, o nervoso de passar pela sua rua, as lembranças de toda e cada coisa inacreditável que vivemos. As tardes no shopping, correndo pela rua, as músicas, os papos profundos, as cervejas...
Acho engraçado demais eu me sentir assim quando te vejo. É incrível, essa onda que me invade e me impede de pensar com coerência.
Detesto essa dúvida constante, detesto seu tom arrogante, sua cara de desdém,  sua indiferença gelada e escrota. Me irrito com seu ar de superioridade e tenho vontade de te socar toda vez que tenta me irritar (e consegue).
Eu me amo quando estou com você. Pode ser babaquice dizer isso. Mas eu sinto uma paz arrasadora. Sinto aquelas borboletas no estômago. Com você eu me sinto como se pudesse fazer qualquer coisa. Me sinto  valiosa. O jeito que você me encara, o jeito que você me abraça.
Pra que resistir? Calma, eu sei dos nossos passados. Sem pressa. Tá tudo bem. Não tem que  ser agora e nem semana que vem. Temos nossas diferenças, mas porra, pra que lutar contra isso? Eu sei que você me adora. E eu te adoro também. Não precisa ser nada sério nem nada sem graça. O que é que custa você me tratar bem e deixar eu fazer o mesmo por você?
História complicada! Aquele dia não dormi direito. Embebida no teu cheiro, minha blusa cheia de pêlos do seu siamês, meu sono foi agitad e inconstante. Me peguei tendo aqueles mesmos pensamentos de um ano atrás.
Você é um idiota. Você sabe que seria incrível. Mas você tem medo de ser feliz. Você sabe disso. E eu sei também. Tô com esse nó na garganta. Você perguntou se eu te amava ou se eu sentia algo por você. Seu otário!  Você sabe e também sente por mim.
Pra que tudo isso? Pra que ficar longe quando podemos ficar  perto?
Você não vê que nossos mundos se tocam a todo instante?
Me responda com urgência .

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