8 de fevereiro de 2017

Die Welle (sieben)

Um minuto. Tudo se desfaz, tudo se destrói. A calmaria sórdida se cala abruptamente e evapora; o caos se instala. A instabilidade recorrente paira pesada no ar sobre nós : e agora?
Mais uma Onda que varre o horizonte, mais uma Onda que desatina meu peito e meu pensamento e me consome, tão lentamente quanto o andar de um caracol.
Talvez seja o fim, talvez não. O cansaço bate, denso e complexo, e eu fecho os olhos e sorrio em meio às lágrimas. Teste após  teste. Batalha após batalha. Onda após Onda. A vida é um constante recomeço, mas ninguém se reconstrói assim tão rápido.
Eu perdi o compasso desse tic-tac maluco, e me afundei no marasmo dessa Onda, que limpou minha superfície e me deixou assim, completamente anestesiada e incapaz de encarar a realidade doída e maldosa dessa vida safada que vivemos.

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