14 de abril de 2016

Caos

Tudo perdido nesse redemoinho
As coisas acontecem
Soltas
Fluídas
Me desamarram
Me desamparam
Dá  tudo errado
Tantas vezes
Num ritmo absurdo
Os eventos se embaralham
Se desmancham
E eu assisto sem poder fazer nada.


[ andávamos lado a lado, passos longos  e precisos. quase corríamos, com pressa para um novo final. absortos em pensamentos e uma dúvida pairava: é  o fim? só  estamos aqui de passagem, é  verdade... e eu cansei. cansei de tentar. hoje foi o último dia. sim, o último. por todas as vezes que eu interpretei errado, todas as vezes que eu chorei, todas as vezes que eu quis dizer "fica comigo" mas acabei dizendo "tchau", todas as vezes que eu olhei num par de olhos e vi almas vazias, por todas as vezes que eu tive as mais altas expectativas, por todas as vezes que eu só  quis ser amada... e não  fui. Hoje foi o último dia. E o que resta ? Só o suave adeus que nos separa; hoje, agora e todo dia. ]

2 comentários:

victor disse...

'' se for amor nao vai doer, eu e você, minha mao na sua, meu olho no seu. se for amor nao vai doer, nos dois no sofa, uma xicara de cafe, voce arruma os livros na estante, e de restante, fico eu a contemplar. se for amor nao vai doer.''
lindo, lu, visceral. saudades.

Luiza Caetano disse...

''seus olhos castanhos [...] um abismo. meu abismo. todas as vezes que lá olhei, nada encontrei. tão vazios, tão inacreditáveis [...], deixa impresso aqui a revelação desses olhos, que são só mistérios, deixa eu te olhar mais uma vez, antes de ir. é, eu preciso ir. triste, não? mas se for amor, eu voltar. se for amor, nao vai doer.''