O som me fez estremecer. Não era de frio, nem de longe, era algo mais intenso, um arrepio brando, uma sensação de arroubo. Mas a irrupção da dor continuava a me invadir, a me obrigar a deixar de ser incólume. Era me cortar com palavras, com ações. Com uma faca doeria menos. Sem homizio, me encontrei perdida. Novamente. Essa inconsequencia perene, essa dor forasteira, essa confusão pérfida, tudo isso me empurrava pra longe de mim. Me fazendo esquecer quem eu realmente era. Me tornando uma pergunta, esquecida, sofrida e indefinida.
Fui parva? Do inicío ao fim. Lutei pra me resconstruir? Do início ao fim.
Amei alguém? Do inicio ao fim. Então, onde está meu erro? Talvez meu maior erro seja não aceitar coisas ou problemas efémeros. Talvez meu menor erro tenha sido não lutar contra meu maior erro, porque de fato, hoje vejo que mudei, e porque precisei mudar. Hoje, eu só preciso daquele som macio, fácil e tão amado pra ser feliz. Hoje, eu só preciso do seu riso pra ser feliz.
23 de junho de 2010
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