31 de maio de 2010

Deixa ela entrar.

Trancou a porta, as janelas e a chaminé. Tirou todos os móveis. Deixou o pó se misturar no ar, pra ficar. Mergulhou na dor, sem querer emergir. Sem querer viver. A casa, aos poucos, ia se acabando. O jardim, bagunçado, era apenas mais uma outra distração. E então, ela bateu na porta. Nas janelas. Tentou entrar pela chaminé, tentou se manifestar. Tentou, de alguma forma, fazer parte daquele ambiente. A felicidade entrou, mas a pergunta é: a tristeza saiu?

0 comentários: